quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ARCO E FLECHA


Na memória de um índio

Há tanta coisa a ensinar

O arco e flecha diluído

E o lugar certo a se lançar

Não devaste um ponto íntimo

Na mata a se guardar

O que se demonstra nele agora

É a vontade de chorar


A mãe da selva fria

Ilumina o coração

A relva húmida silencia

No chorar de uma canção

Proteja o seu ponto fraco

A aspirina por opção

A obrigação da lamparina

é iluminar o seu portão


Na cabeça, um cocar

No pescoço, um cordão

Característica a se criar

Criativa sensação

Quando penso no Quarup

Um tronco vivo a demonstrar

Não derrube no asfalto

a memória a se guardar


Valei-me DEUS, nosso senhor

Não se tem, nem mais luar

Valei-me céus, vermelho é a cor

Oh, meu Tupã, pra que criar?


by Rafael Burgath

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